EQUIPE
FERNANDO SOLIDADE
Ex-integrante fundador do NCA/Núcleo de Comunicação Alternativa e frequentador do Coletivo de Vídeo Popular de São Paulo, passa a atuar como fotógrafo em produções audiovisuais, vídeos, filmes e ensaios fotográficos, de outros grupos da cidade ligados ao coletivo de coletivos: Estudo de Cena, Associação Cultural Fábrica de Cinema, Brava Companhia, Cinebecos, Samba Sampa, Afrotometria (coletivo ao qual é membro fundador) e outros. O CVP, articulado na primeira década dos anos 2000, numa referência direta à ABVP/Associação Brasileira de Vídeo Popular fundada na década de 1980, teve um papel importante na história recente do cinema e vídeo periférico por permitir que os coletivos e grupos de toda São Paulo, além de se encontrarem para troca de ideias, estudos e práticas audiovisuais vivenciadas na cidade, também atuassem em redes onde novas combinações entre integrantes de coletivos de diferentes periferias reproduzissem frentes audiovisuais e, em muitos casos, novos grupos de ação. Foi assim que em 2013, junto com Rodrigo Fernandes, Rafael Beverari e Flávio Galvão, surgiu o Grupo 7 Visões com o objetivo de organizar os arquivos de filmagens produzidos por cada integrante do grupo ao longo dos anos e, com isso, fortalecer o inventário imagético das culturas populares, periféricas e de resistência política filmados e fotografados como temas de nossos projetos.
JULIANA SANTOS
Frequentadora do CVP/Coletivo de Vídeo Popular de São Paulo (o coletivo de coletivos), integrante fundadora do CineBecos desde de 2005, após longa data trabalhando com comunicação impressa, integrou-se à equipe da rádio comunitária online Biboca, que tinha o objetivo de atender, ouvir e dar voz à comunidade, apresentando uma programação que eliminava a desigualdade de gênero, ampliava o diálogo sobre raças/etnias, além de divulgar os artistas, valorizando a história local e ampliar a formação em acesso a novas mídias de comunicação. Desenvolve dentro do coletivo a observação e pesquisa para ampliar o repertório de atuação, redatora e revisora, como foi feito na primeira publicação do coletivo CineBecos, viabilizado pelo VAI 2, em 2017, assim como atuou na produção do Samba-Conversação, projeto transversal ao coletivo de audiovisual. Além do trabalho de produção dentro do Coletivo é escritora, poeta, professora, percussionista e contadora de histórias.
FLÁVIO GALVÃO
Integrante fundador do Coletivo Fábrica de Cinema em 2005, do Núcleo Audiovisual Cinescadão em 2007, frequentador do Coletivo de Vídeo Popular de São Paulo, integrante do Grupo Linha de Ação, da ADVP/Ação Direta de Vídeo Popular, e integrante fundador da Agência Pavio de Jornalismo. Uma vez em contato com as reuniões do CVP em 2005, iniciou uma trajetória coletivista onde o cinema e vídeo foi combinado com outras linguagens artísticas – com o Hip Hop no Cinescadão, com o Samba no Grupo 7 Visões, com o Punk Rock e com o teatro no Grupo Linha de Ação. Desde 1999, pode-se dizer, as práticas culturais e artísticas aqui catalogadas aconteceram espontaneamente da maneira como hoje se convencionou chamar: atuação em rede.
DIEGO F. F. SOARES
Ex-integrante e fundador do NCA/Núcleo de Comunicação Alternativa e frequentador do Coletivo de Vídeo Popular de São Paulo, frequentou a Escola livre de Cinema e Vídeo em Santo André, IBTT – Instituto Brasileiro de técnicas Teatrais, Formado na SP Escola de Teatro, Iluminação cênica. Técnico iluminador, eletricista em coletivos como Cia Humbalada , Estudos de Cena, Folias d’Arte /Galpão do Folias, Grupo Vertigem e Brava cia. Operador de som direto nos documentários e vídeos: Videolência (NCA), Imagens de uma vida Simples (NCA), Grajaú Um desenho de cultura (NCA), Panorama Arte na Periferia II, feira FELIZS Bravas conversas. Percussionista ritmista no Bloco das cores, bloco idealizado não só para o samba , mas para vários estilos musicais, MPB, Rock, Samba enredo, instrumental experimental e criações de trilhas sonoras.
ROGÉRIO PIXOTE
Integrante fundador do CineBecos, que influenciado por outros coletivos como FabCine e NCA, também saiu pelas ruas, vielas e campinhos das periferias da cidade projetando filmes pra quem quisesse. Teimoso, inventou de graduar-se em Multimeios na PUC-SP e envereda-se em experiências em vídeo e fotografia. Mesmo quando pensa que está solo, acaba presente em grupos. Contribui com imagens em coletivos, eventos e ações que dentre eles destacam-se: Noite dos Tambores, Afrotometria, Felizs, Pé no Terreiro (no qual é co-idealizador). Em 2020 desenvolveu lives para discutir o processo das pandemias em contexto periférico; e por último colaborou com o trabalho documental Pandemia do Sistema.
VANESSA ROSA
É artista do riso, atriz, preparadora corporal e produtora. Há 16 anos pesquisa o teatro físico com foco na linguagem das máscaras cômicas em diálogo com manifestações populares nordestinas. Como atriz, durante 13 anos e junto a outrxs artistas no Grajaú, desenvolveu pesquisas e projetos contemplados por leis de incentivo de fomento a cultura na área teatral, buscando referências cênicas teatrais e produzindo saberes que abarcassem a criação de um teatro em diálogo com as estruturas sociais e políticas periféricas. Em 2016 e 2018 esteve com os Hotxuás – cômicos indígenas da etnia Kraho em Palmas (TO) na Festa da Batata. Em 2019 participa do workshop “Clown Through Mask com a palhaça canadense Sue Morrison. Graduada em Licenciatura em Arte-Teatro no Instituto de Artes da UNESP, em 2014 iniciou um projeto de pesquisa-vida referente à Educação Indígena junto aos Guarani Mbya da região de Parelheiros – extremo sul de São Paulo, no qual iniciou uma pesquisa audiovisual juntamente com Fernando Solidade e Diego Soares – trabalho audiovisual ainda em processo. Foi fundadora do grupo de Teatro Humbalada, que em conjunto ao Diego F.F. Soares, realizou diversos trabalhos no Galpão Cultural de posse do grupo, com sede no Grajaú. Também orienta os Encontros Sobre Comicidades Negras, uma pedagogia preta sobre o riso e a alegria.
SILVANA MARTINS
Artista visual, designer gráfica, ilustradora e boleira. Integra as coletivas Curumins da Ademar, Periferia Segue Sangrando, Fala Guerreira e Observatória dos Direitos e Cidadania da Mulher. Desde 2006 desenvolve trabalhos gráficos e de produção cultural periférica. Desenvolveu a identidade visual do Coletivo NCA (foto abaixo), no segundo ano de projeto aprovado no Programa VAI, da Videoteca Popular.
Responsável pela comunicação visual e projeto gráfico dos selos Nós por Nós Editora (Movimento Mães de Maio), Edições Um por Todos (Sarau dos Mesquiteiros – Pode Pá que é Nóis que Tá) e Observatória dos Direitos e Cidadania da Mulher. Realizou a sua primeira exposição individual SILVANA MARTINS – DESENHADORA DE LUTAS com mais de 70 cartazes na programação do 7º Festival de Filme Anarquista e Punk de SP (2018). Idealizou, produziu e executou a intervenção urbana POESIA NOS MUROS – onde colou mais de mil lambes com frases do poeta Sérgio Vaz pelas periferias de SP (2014). Editora de arte premiada por excelência em Design pela Society for News Design 2012 - uma das premiações de design mais relevantes internacionalmente. No campo da literatura da zona sul, é responsável pela comunicação visual da FeliZS, trabalhando em conjunto com a coordenação audiovisual de Fernando Solidade; Desenvolveu a logo da Biblioteca Djeanne Firmino, em paralelo com o desenvolvimento da websérie sobre os 10 anos de funcionamento da biblioteca, desenvolvida também por Fernando Solidade; e diagramou o livro de coletânea de poesias do Sarau do Binho, coletânea essa que contém poemas de Juliana Santos.